terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Geopolítica

A edição 2036 de 28 de novembro de 2007 da revista Veja trouxe uma reportagem de capa o os militares no Brasil, bem como nossa estrutura, efetivo e etc. Além disso trouxe dados interessantes sobre nossos países vizinhos.Esta reportagem veio com uns 10 anos de atraso, pois não é de hoje que vemos nosso exército perder força a cada dia que passa. E para falar a verdade fiquei impressionado com o assunto que a revista trouxe a tona, pois em se tratando de política sabemos que a revista Veja é bastante tendenciosa e cínica. Mas nessa reportagem ela conseguiu ser um pouco sensata. Acho incrível uma coisa: tempos atrás quando se tocava neste assunto, logo os órgãos de imprensa e até mesmo as pessoas, cidadãos comuns, iam logo dizendo: ...”mas o que é isso? Não temos que se preocupar com exército. Pra quê gastar dinheiro com isso, não adianta pra nada!” Era bem assim a coisa meus caros, mas agora que a coisa está apertando, resolveram trazer o assunto a tona.
Mas vamos aos fatos. Claro que Veja começa falando uma coisa e termina dizendo outra, mas para citar o exemplo do nosso efetivo hoje temos 190 mil homens, o que é muito pouco devido a nossa extensão territorial, e Veja compara com nossos vizinhos dizendo que a proporção por km2 do exército brasileiro é inferior ao da Colômbia por exemplo, assim como o investimento em relação ao PIB. Por outro lado, em um dos trechos da reportagem, Veja cita que alguns especialistas garantem que 100 mil homens seriam suficientes, pois com treinamento adequado poderiam cobrir qualquer ponto do país em menos de 24h. Então eles fazem esta indagação, dizendo que o correto seria distribuir melhor nosso efetivo e etc.
Não adianta fazer campanha para termos 100 mil homens, lógico que para esse baixo número e a rapidez com que eles falam em se deslocar de um lugar para outro, exigiria uma boa estrutura de equipamentos. Equipamentos é o que menos se vê. Não adianta, o investimento seria muito alto. O que precisamos fazer? Vamos aumentar o número de militares e ao mesmo tempo melhorar nossos equipamentos, nem que seja aos poucos, o que não pode é continuar piorando. Basta um presidente da república, são e decente, tomar uma atitude frente a esta questão geopolítica, e ordenar investimentos para nosso exército. É como falei, se o orçamento é apertado, então que se invista aos poucos para melhorarmos, mas que se faça com planejamento e efetividade. Revisem o plano de carreira dos militares, adaptem a um modelo moderno de gestão, mas façam isso de forma inteligente e não como fizeram até agora. Já é tarde para começarmos, mas como diz o ditado: antes tarde do que nunca.

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